quarta-feira, 23 de março de 2011

*Resenha e Cinema* Julie & Julia

Sinopse: A Desafiante: Julie Powell, prestes a completar 30 anos, presa a um emprego sem perspectivas e em busca de um novo rumo para sua vida. O Mito: Julia Child, autora do livro de receitas que apresentou as maravilhas da culinária francesa às donas de casa norte-americanas. O Desafio: Preparar todas as 524 receitas de Mastering the Art of French Cooking, o livro clássico de Julia Child, em apenas um ano - e sobreviver para contar a história. Bom, pra quem não conhece Julie &Julia é um livro (e um filme) sobre a vida de uma mulher, Julie Powell, que mora em Nova York, está chegando aos trinta anos, é funcionária pública e está passando por uma crise: não sabe se tem um filho - isso está começando a preocupá-la já que ela tem “uma síndrome” e todos os médicos dizem que por causa disso e da idade será difícil para ela engravidar - , não está satisfeita com seu trabalho de secretária – onde finalmente decidiu sem assentar e sair da ‘vida temporária’ para crescer e ser uma adulta séria – e por último, não está satisfeita com sua vida. Normal. Todos em algum ponto de nossas vidas nos sentimos incompletos, satisfeitos e que algo está faltando. Isso, aliado a uma crise de idade decisiva, pode enlouquecer qualquer um. Ainda mais uma mulher texana dada a pequenos ataques histéricos e com a pressa característica de uma nova-iorquina. Dado os fatos, Julie decide escrever um blog, para sair da sua rotina e das crises de stress cada vez mais freqüentes. Fascinada pelo livro ‘Mastering the Art of French Cooking’, de Julia Child, a mulher que ‘apresentou’ a cozinha francesa aos americanos. Para ter certeza de que ela irá se empenhar nesse projeto, que ela chama de Julia/Julia, ela põe um prazo de 365 dias para concluir 524 receitas do livro. Com muito humor, ironia, palavrões e temperamento explosivo, aos trancos e barrancos Julie vai fazendo (e refazendo as receitas) do livro, enquanto vai se fascinando pela vida e alegria de Julia Child, e, sem querer, além de aprender – na medida do possível – a preparar comida francesa, Julie se dá conta de a vida tem quer ser aproveitada, degustada, e que o seu caminho deve ser encontrado por você mesmo, não importa se os outros aprovem ou não, concordem ou não.O livro é bom, embora muitas vezes fique cansativo e repetitivo por causa do pessimismo, mau humor e histerismos da autora. São coisas releváveis, já que é importante manter-se fiel a sua personalidade, mesmo que os outros odeiem – a verdadeira Julia Child não gostou do blog e do projeto de Julie, o que é bem triste já que é possível ver o quanto Julie admira Julia. O filme é tão bom quanto o livro, é leve, divertido e as comidas têm uma aparência divina e Maryl Streep, no papel de Julia Child, é simplesmente maravilhosa – como em tudo o que faz.

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